Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, atualmente, um terço de todo o lixo que produzimos em casa é constituído por embalagens. E cerca de 80% delas são descartadas após serem utilizadas apenas uma vez.
Uma péssima notícia, principalmente porque como nem todas as embalagens descartadas seguem o caminho correto da reciclagem, muitas delas vão parar em lixões, aterros, rios e nos oceanos.
Para tentar amenizar os impactos negativos deste tipo de resíduo descartado de forma errada no meio ambiente, foram desenvolvidas as embalagens biodegradáveis. Mas é importante entender como funciona a degradação e a composição desse tipo de embalagem, vamos lá?
O que caracteriza uma embalagem biodegradável?
Para uma embalagem ser considerada biodegradável ela precisa ser decomposta naturalmente por microorganismos aeróbios como bactérias e fungos, em pedaços de 2 milímetros em um prazo máximo de 90 dias.
Por serem decompostas em um período relativamente curto de tempo, ficam menos tempo presentes no meio ambiente e assim evitam a entrada na cadeia alimentar e o consumo por animais.
A desvantagem deste tipo de embalagem é que para ser totalmente biodegradável, ela precisa de condições adequadas de luz, umidade, temperatura e quantidade de microorganismos, que são encontrados somente em usinas de compostagem. E como na maioria das vezes, o seu destino acaba sendo um lixão ou aterro, sem condições mínimas para sua decomposição, essas embalagens acabam poluindo o meio ambiente quando descartadas incorretamente.
A diferença entre biodegradável e compostável
É importante entender também, que quando falamos deste universo de embalagens, existe uma confusão entre ser biodegradável e compostável.
Uma embalagem somente é compostável quando além de se degradar em um curto espaço de tempo, o resultado gerado é apenas água, gás carbônico e húmus. Então, nem todas as embalagens biodegradáveis são compostáveis, mas todas as embalagens compostáveis são biodegradáveis, entendido?
Conhecendo os tipos de embalagens biodegradáveis
Embalagem de PLA – Criada para substituir os plásticos convencionais, o poliácido lático é biodegradável, reciclável, além de poder ser compostável e utilizada como embalagens de alimentos, cosméticos, entre outros. Sua decomposição completa só ocorre quando é encaminhada para a compostagem.
Embalagem de Celofane – Fabricada com celulose, de origem totalmente vegetal, essas embalagens são biodegradáveis e compostáveis. Entretanto, não são recicláveis quando encaminhadas para a coleta seletiva, nem podem ser utilizadas para embalar substâncias aquosas.
Embalagem de Papel – também produzida com celulose, é uma opção de embalagem biodegradável e reciclável. Isso é legal porque quando não é possível encaminhar a embalagem utilizada para a usina de compostagem, ela pode ser reciclada via coleta seletiva.
Embalagem de resíduos vegetais – de cogumelo, bagaço de cana, de açúcar… Hoje em dia já é possível encontrar diversas opções de embalagens produzidas a partir de resíduos vegetais. Biodegradáveis e compostáveis (quando não são misturadas a outros compostos) são mais caras quando comparadas com as outras opções, entretanto, quando descartadas corretamente, propiciam a neutralização do impacto no meio ambiente.
Agora que você já está super informado sobre as diferenças e vantagens entre as embalagens biodegradáveis e compostáveis, comece a prestar mais atenção nos produtos que você consome e de que forma eles vêm embalados.
Essas embalagens podem ser reaproveitadas? Se não, informe-se para dar o destino correto a elas. Para ter certeza e a garantia de que você está consumindo produtos de empresas ambientalmente responsáveis e comprometidas com o meio ambiente, procure sempre embalagens com o selo eureciclo. Ele é a garantia de que a empresa está cumprindo a legislação e contribuindo com toda a cadeia da reciclagem.
E lembre-se, você é parte essencial deste ciclo e também tem responsabilidade no cuidado com o meio ambiente.